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Baixada Santista contabiliza 5 MCs executados nos últimos três anos
 


 

MC Daleste foi morto durante um show em Campinas neste sábado
O assassinato do cantor MC Daleste, que levou pelo menos dois tiros enquanto se apresentava em Campinas, no interior de São Paulo, no último sábado (6), trouxe à tona uma série de execuções de funkeiros que acontece no litoral de São Paulo desde 2010.
Nos últimos três anos, seis MCs da Baixada Santista foram alvos de emboscadas de criminosos e, desses, apenas um conseguiu sobreviver.

Segundo a polícia, as investigações continuam, mas são bastante complicadas por falta de provas e testemunhas. A polícia também acredita que não há perseguição aos MCs e que os casos são isolados.

Logo após a morte de Daleste, MCs de várias cidades do Baixada Santista se manifestaram pelas redes sociais sem entender o que havia acontecido com o amigo. MC Sexy, natural de Praia Grande, pediu o fim da violência. "Luto a todos os MC'S do mundo (sic).
Vamos cooperar.

Chega de violência no meio artístico", disse. Já Léo da Baixada afirmou que pretende organizar um ato contra a violência e pelo fim da impunidade. "Estamos organizando uma passeata em São Paulo. É para ver se damos um basta nisso. São vários funkeiros mortos e não temos a direção do que aconteceu em nenhum caso", reclama
.
Os crimes citados por Léo da Baixada aconteceram entre 2010 e 2012 no litoral de São Paulo e, até agora, a maior parte deles permanece sem solução. Entre os mortos estão MC Careca, MC Primo, MC Duda do Marapé, MC Felipe Boladão e o Japonês do Funk. MC Neguinho do Caxeta, único sobrevivente dos crimes, levou quatro tiros em 2012, mas conseguiu sobreviver e homenageou o amigo morto em Campinas. "Luto MC Daleste" O Funk pede paz", disse e, em seguida, colocou um vídeo com uma homenagem ao cantor.

De acordo a delegada Cláudia Barazal, primeira pessoa a pegar a ocorrência sobre o assassinato de MC Careca, as investigações nesse tipo de crime sempre são bastante complicadas.

"No caso do MC Careca, o que rolou de informação foi que poderia ter sido acerto de contas. Chegaram até a cogitar que ele foi morto por policiais por causa das letras de músicas, ou até por causa de dívidas de shows e empresários. São muitas hipóteses", explica.

Ainda segundo a delegada, as mortes das cinco pessoas aparentam ser casos isolados. "Na época falaram que poderia existir uma lista de MCs marcados para morrer, mas não acreditamos nessa possibilidade.

Na época alguns nos procuraram e falaram que foram ameaçados, mas acredito que os casos sejam isolados", completa.
O G1 fez um levantamento dos crimes envolvendo pessoas ligadas ao funk no litoral de São Paulo. Veja a seguir:

28 de novembro de 2012
O empresário da noite Ricardo Vatanabe, conhecido como Japonês do Funk, foi encontrado morto dentro do próprio escritório. Vatanabe foi enforcado com um fio durante a madrugada após uma denúncia anônima. Não havia sinais de arrombamento no local e a polícia descartou a hipótese de que o empresário tenha se matado. De acordo com a polícia, algumas semanas após o assassinato um cadeirante foi preso por ter sido o responsável pela morte do Japonês do Funk.

28 de abril de 2012
Cristiano Carlos Martins, o MC Careca, foi morto a tiros. O crime aconteceu no conjunto habitacional Dale Coutinho, em Santos. O cantor foi baleado na frente do próprio salão de cabeleireiros. MC Careca fez dupla musical com o cantor Pixote durante 10 anos. A parceria acabou em 2006, após Pixote ser preso por tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada e formação de quadrilha. Pixote foi condenado em 2010 a 43 anos de prisão por ser um dos responsáveis por ataques organizados por uma facção criminosa atuante no estado de São Paulo.

18 de abril de 2012
MC Primo foi morto a tiros 10 dias antes de MC Careca. Segundo a polícia, Jadielson da Silva Almeida, de 28 anos, foi morto com vários tiros no bairro Jóquei Clube, em São Vicente. Entre as músicas conhecidas do artista estavam "Diretoria", "Máquina de Fazer Dinheiro" e "Longe de Mim". MC Primo foi canditado a vereador em São Vicente, em 2008, e obteve 530 votos, mas acabou não se elegendo.

12 de abril de 2011
Eduardo Antônio Lara, conhecido como MC Duda do Marapé, foi morto com nove tiros. Ele foi executado ao lado da Rodoviária de Santos, em uma região popularmente conhecida como Cracolândia. De acordo com testemunhas, uma moto com homens armados passou pelo local por volta das 6h e efetuou vários disparos, atingindo o funkeiro de 27 anos. Ele não resistiu e morreu no local.
10 de abril de 2010

Felipe Wellington da Cruz, o MC Felipe Boladão, também foi executado. Ele se preparava para um baile funk na cidade de Guarulhos. Boladão foi alvo de uma emboscada enquanto aguardava uma carona para o ABCD Paulista junto com um amigo. Dois suspeitos em uma moto pararam no local e um deles desceu do veículo e executou a vítima.





Data: 08/07/2013 09h27


 
     

 

 

 

 


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