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O Banco do Brasil desbancou, em matéria de lucros, o Itaú Unibanco, que vinha no topo da lista durante os últimos quatro anos. Os ganhos no primeiro semestre foram de R$10,03 bilhões, o maior lucro da história dos bancos brasileiros no primeiro semestre.
Em comparação com o primeiro semestre do ano passado, os cofres desse que é o maior banco brasileiro e indutor da política de juros do governo Dilma, engordaram 81,8%. O lucro líquido foi de praticamente três vezes mais que o registrado entre janeiro e março desse ano.
De acordo com nota divulgada pelo Banco do Brasil aos seus acionistas, o lucro de 2013 e principalmente do último trimestre (que atingiu em números líquidos os R$7,47 bilhões) foi impulsionado pelas vendas de ações nas áreas de previdência, seguros e capitalização. Além disso, o nível de inadimplência com o banco é o menor dos últimos 11 anos.
“Esse lucro não tem significado melhorias nas condições nem nos salários dos trabalhadores do Banco do Brasil. Ao contrário, hoje o banco ameaça terceirizar vários setores, inclusive o crédito mobiliário que é um de seus setores mais lucrativos”, afirma Juliana Donato, delegada sindical e vice-presidente da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) do Complexo São João, o maior prédio do Banco do Brasil em São Paulo.
“Não existe mais a diferença que antes havia entre a pressão nos bancos privados ou públicos como o Banco do Brasil. O assédio moral virou ferramenta de gestão e as pessoas estão adoecendo cada vez mais. Além disso, o banco hoje empurra cada vez mais seus trabalhadores para fora das agências bancárias, deixando a maior parte da população para ser atendida por correspondentes bancários, como lotéricas ou farmácias”, critica Juliana.
“Mas nossa expectativa é que com a mudança na situação do país possamos, neste ano, fazer uma campanha salarial diferente e reagir a todos estes ataques”, completa.
Diferentemente do Bradesco e do Itaú, que diminuíram suas projeções de crescimento por meio do crédito para o próximo período, o Banco do Brasil, não sem razão, mostra-se otimista com o próprio “bolso”. A expectativa de aumento da carteira de crédito em 2013 está entre 17 e 21%. Mas vale dizer que a projeção de crescimento em crédito não é para as pessoas físicas: a previsão volta os olhos para as empresas e para o agronegócio.
Com informações de UOL e Folha de S. Paulo.
Data: 13/08/2013
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