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Dilma assina MP que reduz salário dos trabalhadores em até 30%
 


 

Governo quer que trabalhadores paguem pela crise



No dia 6 de julho a presidente Dilma (PT) assinou a Medida Provisória que cria o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), cujas regras são válidas até 2016.



Assim como as outras medidas de Dilma, caso das MPs 664 e 665, que reduzem direitos como o seguro-desemprego, pensão por morte e abono do PIS; o PL das terceirizações; e a nova fórmula para aposentadoria, esta significa nada que mais que outro ataque aos direitos dos trabalhadores.



Este programa vai piorar a qualidade de vida dos trabalhadores ao permitir aos patrões a redução do salário do trabalhador.

Um exemplo prático de como ficaria a situação de determinado trabalhador:



um funcionário que receba hoje R$ 3 mil e tenha sua jornada reduzida em 30%, por exemplo, passaria a receber R$ 2.550,00, sendo R$ 2.100,00 custeados pela empresa e o restante (R$ 450,00) pelo governo, gerando uma perda salarial de 15%. Importante ressaltar ainda que a quantia complementada pelo Governo já sai do bolso de todos os empregados, uma vez que será retirado do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).



Mentira tem perna curta



As medidas do governo Dilma é apenas a confirmação entre o discurso mentiroso na campanha eleitoral de 2014 e a pratica. Dilma disse em campanha no seu programa eleitoral “deixo aqui a minha palavra, nós que lutamos tanto para garantir salários e empregos não vamos permitir que nada neste mundo, nem crise, nem inflação, nem pessimismo, nem falsas promessas, tire de você o que você conquistou”.



Para validar o programa do governo, deverá ser feito Acordo Coletivo, isto após aprovação dos trabalhadores em assembleia e ainda segundo o anúncio o governo as empresas terão que comprovar sua situação de dificuldade econômico-financeira.



Não existe garantia de emprego neste programa



É fantasioso a ideia de que os empregos serão preservados com esta medida, ela não garante estabilidade real. A garantia de emprego será apenas equivalente a um terço do período de adesão ao plano. A empresa poderá poupar recursos por até um ano e depois de alguns meses demitir os trabalhadores sem problema algum. Preservado mesmo será o lucro dos empresários.

É perversa a ideia de tentar enfrentar a crise econômica do país retirando direitos dos trabalhadores como propõe o governo e concordam algumas centrais sindicais.




Trabalhadores da Mercedes recusam corte salarial para manter emprego

De acordo com reportagem do Diário regional, com 74% dos votos, os metalúrgicos da Mercedes-Benz rejeitaram a proposta de redução de 10% nos salários e de 20% na jornada de trabalho em troca da manutenção dos empregos dos 10,5 mil funcionários da fábrica de São Bernardo até julho de 2016. No total, 7.559 votos foram computados nas urnas instaladas em todos os departamentos da unidade. Somente 25% aceitaram o acordo e 1% deles se absteve de votar. A votação ocorreu na quinta feira 02.

Além do corte nos salários, a proposta previa reajuste menor em 2016, com reposição de metade da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses encerrados em maio, mês da data-base da categoria.
A recusa à proposta surpreendeu o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que negociou a estabilidade por meses com a empresa. Trabalhadores relataram à reportagem que, ao ser apresentada, a proposta foi vaiada em assembleia que reuniu funcionários dos turnos da manhã e da tarde.




Data: quinta-feira, 09 de julho de 2015.


 
     

 

 

 

 


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