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20 de Novembro - Dia da Consciência Negra
 


 

O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão, e não o fez meramente por bondade. Havia já antes de 1888, importantes lutas do povo negro e dos abolicionistas contra o próprio sistema escravista, vinculado à pressão externa pela abolição. Dia 20 de novembro é o dia de luta pela liberdade, aniversário da morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695).

Portanto nada temos que agradecer à princesa Isabel.

Os negros “libertos” foram jogados a própria sorte, sem nenhuma reparação. O estado não criou sequer condições para que a população negra pudesse ter um tipo de inserção digna na sociedade”.

Então foram forçados a viverem, ainda hoje, nas periferias, aceitar subempregos e se expor a todo tipo de violência, inclusive policial.

Existem diversos dados de pesquisas que apontam os impactos do racismo e do capitalismo na vida das negras e negros do nosso país. Por exemplo, o Atlas da Violência 2018 nos mostra que a desigualdade das mortes violentas por raça/cor vêm se acentuando nos últimos dez anos. Enquanto a taxa de homicídios de indivíduos não negros diminuiu 6,8%, a da população negra aumentou 23,1%. O relatório concluiu que 71,5% das pessoas que são assassinadas a cada ano no país são pretas ou pardas.

O Atlas demonstra ainda que o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no Brasil é 2,7 vezes maior que o de um jovem branco, pontuando que o Anuário Brasileiro de Segurança Pública identificou que 76,2% das vítimas de atuação da polícia são negras.

Com relação às mulheres, a publicação mostrou ainda que a taxa de homicídios é maior entre as mulheres negras (5,3) que entre as não negras (3,1), sendo a diferença de 71%. Nos últimos 10 anos, a taxa de homicídios para cada 100 mil mulheres negras aumentou 15,4%, enquanto que, entre as não negras, houve uma diminuição de 8%.

Os dados contradizem firmemente a frase “O racismo é uma coisa rara no Brasil”, dita por Bolsonaro em um programa de televisão no mês de maio deste ano.

Então, só resta a classe trabalhadora se unificar a juventude e todos aqueles que querem construir um país melhor e ir a luta não apenas contra o racismo e toda forma de discriminação, mas também contra as reformas que vem sendo impostas pelo governo Bolsonaro, como a reforma da Previdência e o fim dos direitos trabalhistas.

Não vamos permitir que a nossa história seja distorcida ou apagada. Viva Zumbi dos Palmares, Dandara, João Cândido Felisberto (o almirante negro) e outros tantos.


Data: 19/112019


 
     

 

 

 

 


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